Coisa Nova - Fashion

por Nereide Michel em 27/10/2021

A preocupação com o meio ambiente e a democratização da marca, para incluir todos os perfis de consumidor, estão no alvo, com prioridade, da indústria calçadista. Dois lançamentos do setor exemplificam este envolvimento e imprimem o selo “responsabilidade social” aos modelos que chegam para a temporada.

35 ANOS SUSTENTÁVEIS

 Chinelos, slides e papetes são especialidades da Rider, que ficou conhecida dos consumidores por dar “férias aos pés”. A marca da Grendene comemora 35 anos de presença no mercado relançando modelos mais sustentáveis na sua linha clássica. A coleção inclui slides, produzidas para causar menor impacto ambiental, seguindo os passos do Programa Rider R4 – Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recriar, dentro do conceito de que é possível fazer algo novo através do design sustentável.

A meta é resgatar o passado, agir no presente  para recriar juntos o futuro, conforme define Alexandre Reis, executivo de Marketing da Grendene S/A, “estamos celebrando os 35 anos da Rider, através da união de diversas gerações de maneira coletiva e colaborativa em prol da Sustentabilidade”.

O Programa Rider R4  traz ações com objetivos de evoluir em frentes de sustentabilidade. No viés econômico, o projeto busca dar acesso a produtos de menor impacto ao meio ambiente. No aspecto ambiental, o foco é a evolução constante nas operações ecoeficientes, além de aumentar o uso de matéria-prima reciclada e derivada de fontes renováveis, com origem na cana-de-açúcar. Neste sentido, todos os calçados da Rider são veganos desde 2018. Na perspectiva social, o programa procura a valorização e respeito às pessoas enquanto no ângulo cultural se incentiva e se respeita a diversidade cultural através da criatividade e colaboração.

Rider Smooth,  chinelo em monobloco feito parcialmente com EVA Biobased, que contém matéria extraída da cana-de-açúcar e com menor pegada de emissão de carbono.

Rider R35th, modelo tradicional recriado  com sola de PVC expandido com maior teor de material reciclado pré-consumo, tiras feitas com etiquetas bordadas com fio produzido a partir de garrafas PET recicladas. Palmilha com EVA Biobased proveniente da cana-de -açúcar.

PARA TODOS OS PEZINHOS

Todas as crianças podem usar Bibi. Com esta proposta a marca gaúcha lançou no mês que lhes é dedicado um produto inovador que inclui de forma generalizada todos os pezinhos. A novidade faz parte de um projeto científico voltado aos seus tênis, desenvolvido pela Dra. Eliane Fátima Manfio, doutora em Biomecânica, especialista em tecnologia e conforto do calçado e tecnologia assistiva e diretora e pesquisadora da BIOMEC FPM. O resultado pode ser conferido nos modelos que calçam todos os pequenos consumidores mesmo os que fazem  o uso de órtese, dispositivo que serve como suporte para o tornozelo e pé, auxiliando a manter e controlar a posição e os movimentos funcionais de quem tem limitações físicas ou alterações motoras de origem neurológica.

“O calçado poderá ser utilizado por crianças, sem e com alterações motoras, promovendo assim a inclusão e não a exclusão como, infelizmente, ocorre no caso de calçados ortopédicos para o público infantil. Por meio de avaliações biomecânicas, que envolveram a locomoção e os pés, foi possível disponibilizar este modelo de tênis, contribuindo assim para o desenvolvimento e aprimoramento de produtos de tecnologias assistivas em âmbito nacional, que considerem o impacto econômico, ergonômico, prático e funcional, para promover a melhora da marcha, a qualidade de vida, a saúde e a inclusão social das crianças com alterações motoras de origem neurológica. Este projeto também auxilia na prevenção do desenvolvimento de problemas musculoesqueléticos secundários e, consequentemente, na diminuição ou retardo de procedimentos cirúrgicos”, explica a Dra. Eliane Fátima Manfio.

O tênis chega em duas cores, azul marinho e pink com detalhe holográfico, e com numeração adequada para respeitar necessidades individuais. Ludicidade, conforto, leveza, segurança e facilidade no calce contribuem para a locomoção, crescimento, desenvolvimento saudável e independência da criança que usa órtese.