por Nereide Michel em 09/07/2020
1-Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.
2-Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não discriminação.
3-Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.
4-Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.
5-Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.
6-Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.
7-Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.
O que estes princípios têm a ver com um brechó online? A resposta quem dá é Luanna Toniolo, que comanda a TROC, uma bem sucedida empresa de compra e venda de roupas, bolsas, sapatos e acessórios usados. São compromissos que já guiavam suas atividades, mas que agora ganharam o carimbo oficial de uma organização internacional.
Na verdade um reconhecimento pelos critérios adotados pela empresária para dinamizar um empreendimento cuja atividade está embasada em propostas que visam o bem-estar da coletividade. A circulação de produtos, que têm novas oportunidades de uso, contribui para evitar descartes que podem comprometer as boas condições do meio ambiente. Além disso, tal movimentação gera dividendos para a engrenagem da economia possibilitando a contratação de mão-de-obra feminina que passa a fazer parte do sistema produtivo do país.
Daí a importância da startup curitibana TROC ser incluída entre as empresas signatárias dos Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU (WEPs – Women’s Empowerment Principles) – ela integra agora o rol de 388 empreendimentos brasileiros que assumem publicamente o compromisso de promover a equidade de gênero e o empoderamento feminino como prioritários em suas agendas.
O público usuário da plataforma TROC é formado 95% de mulheres. Entre os funcionários que cuidam da operacionalização do e-commerce da marca, 80% são pessoas do sexo feminino. Elas estão desde o trabalho de curadoria das peças, no marketing, na administração, na logística e até, desde fevereiro deste ano, no comando. Uma atividade empresarial que gira em torno do universo feminino como destaca Luanna Toniolo ao apontar que o sucesso do brechó é consequência da força de consumo e sensibilidade de consumidoras que aderiram a valores como sustentabilidade e economia colaborativa.
+ INFOS
Os WEPs são um veículo primário para a entrega corporativa nas dimensões de igualdade de gênero da agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Ao ingressar na comunidade de WEPs, a/o CEO de cada empresa sinaliza o comprometimento com essa agenda nos níveis mais altos da empresa e em trabalhar em colaboração em redes multissetoriais para promover práticas de negócios que capacitam mulheres. Isso inclui remuneração igual por trabalho de igual valor, práticas de cadeia de suprimentos que atendam a gênero e tolerância zero a assédio sexual no local de trabalho. Tayná Leite é a consultora de Princípios para Empoderamento das Mulheres da ONU Mulheres no Brasil.