por Nereide Michel em 24/08/2022
Comemorar 99 anos autografando um livro que foca o sentido da vida. Pois, foi assim o aniversário da curitibana Iris K. Bigarella, que lançou no dia 17 de agosto, em um movimentado evento a sua obra “Chegando Feliz aos Cem Anos”. Ninguém duvida o quão verdadeiro é este título. Desde muito jovem, a autora questiona os enigmas da existência como atesta a diversidade de sua formação profissional e cultural, que abarca poesia, história, geografia, antropologia e psicologia analítica, além de expressões de arte bi e tridimensional intuitiva, com várias exposições coletivas e individuais.
Casada com João José Bigarella, referência internacional em Geologia e Geociências, Íris Bigarella aliou-se ao marido na incansável defesa do meio ambiente. Mãe de três filhos, sempre soube equilibrar as responsabilidades familiares com o seu interesse em adquirir conhecimentos participando de viagens de estudos, workshops e até de retiros. Praticou yoga e biodança e sempre cuidou da alimentação saudável e, principalmente, da cabeça. “Uma trajetória com perdas, batalhas e decepções, mas também de muitas conquistas e descobertas”, segundo testemunha.
Foi pensando em dividir suas vivências que Íris decidiu escrever “Chegando Feliz aos Cem Anos”. Não para dar dicas simples, encontradas em qualquer link da internet, mas para transmitir algo muito mais profundo que, segundo ela, “está sutilmente presente em todos nós, mas bem escondidinho nas dobras da vida (tão diferentes para cada um) lá está o que os japoneses condensam em uma única palavra: Ikigai – o sentido da vida”.
“Qual é o sentido da vida? O que esperamos bem no fundo deste fluir de acontecimentos e esforços, das ‘coisas boas ou más’ que nos acontecem?”, questiona a autora em determinada parte do livro. Nas suas páginas momentos para fazer pensar sobre o envelhecer, sobre como nos enxergamos ao longo do tempo e como queremos ser vistos e tratados pela sociedade.