por Nereide Michel em 27/04/2023
A doçura, a maciez e a delicadeza do marshmallow não poderiam ser ignoradas pelos segmentos da moda e da decoração em um momento quando o conturbado mundo, em que vivemos, carece de uma vida descomplicada, um morar aconchegante e fantasias que se perderam na infância. O confeito, popularizado pelos Estados Unidos, ganhou a cozinha de todos os continentes servido de diversas maneiras como cobertura de bolos, sobremesas e balinhas. Segundo os pesquisadores da história da culinária, teve a sua origem no antigo Egito e recebeu o nome de batismo no século XVI, quando era preparado com a raiz da planta marsh mallow (Althaea officinalis) – rica em amido, mucilagem e pectina. A água do seu cozimento também era utilizada como um substituto da clara do ovo na confecção dos merengues.
INSPIRAÇÃO COMPARTILHADA – MARSHMALLOW
NA MODA

Conforto é a melhor definição para a linha Marshmallow, da Piccadilly, que diante da receptividade da primeira coleção está lançando novas opções de calçados produzidos em EVA, material 100% reciclável: o tênis e o slide tira em x. Leveza, flexibilidade e uma pegada fun e moderna, graças às suas cores e design, são as características dos modelos encontrados em salmão, azul, verde, amarelo, branco e preto.
NOS MÓVEIS

Móveis e acessórios que seguem o conceito do confeito com gosto de infância e embutem a proposta de conforto e aconchego estão presentes nas casas contemporâneas. Contudo, Irving Harper, que foi diretor de Design no estúdio de George Nelson, é o autor de um dos produtos mais emblemáticos do século XX, o Sofá Marshmallow. O designer também assinou o relógio Ball Clock, em 1949, e anúncios marcantes para a gigante norte-americana de design.

Imaginar uma folha de papel como um canteiro de obras dá uma boa noção do trabalho de Irving Harper como design gráfico. Dele, é a criação da conhecida logo da Herman Miller.

De maneira casual, o Sofá Marshmallow abriu caminho para o estilo pop art dos anos 60. Harper, ao lado de George Nelson, conseguiu a aparência original do móvel a partir de uma oportunidade apresentada por um inventor, que havia criado um disco de plástico injetável que poderia ser produzido de forma barata e durável. Os designers dispuseram 18 deles em uma estrutura de aço, juntando elementos separados que davam a impressão de que flutuavam no ar. Caminho para Herman Miller iniciar em 1956 a sua fabricação.
