por Nereide Michel em 30/10/2025
Se existe uma palavra que todo brasileiro, independente de sotaque, conhece esta é, sem dúvida, boteco. Em qualquer região do país, de cidades pequenas, onde moradores se tratam pelo nome, a capitais, cujos habitantes se dividem por bairros populosos, o simpático cantinho, que reúne a turma para jogar conversa fora, é unanimidade nacional. Papo sério não tem vez, embora muitos acreditem, após uns golinhos de sua bebida predileta, ter a solução para os problemas mais complexos que assolam a humanidade. Território essencialmente democrático que já viu brotar, de forma espontânea, manifestações culturais e movimentos sociais. Eis o boteco.

André Klotz
É neste ambiente simples e sem afetação que a Suvinil encontrou “o cenário que é puro Brasil” para apresentar as suas Cores do Ano 2026, abraçando o conceito Co(r)existir, sua inspiração para as tonalidades que vão matizar a próxima temporada. Afinal, a transformação, que pode acontecer através de uma nova pintura na casa, tem origem nas “pequenas coisas, nas trocas, nos gestos, no que é genuinamente brasileiro”.
Co(r) existir, que sucede ao Suvinil Revela, mantém o foco na sintonia entre cor e comportamento, construindo pontes entre emoção, cultura e sociedade. Em meio a um cenário de mudanças constantes, em que o excesso de estímulos convive com o desejo de pertencimento, a cor se consolida como linguagem e território comum, um ponto de encontro entre o íntimo e o coletivo, entre tradição e inovação.
Mais do que antecipar tendências, a pesquisa, gerenciada pela Suvinil, investiga comportamentos e revela como as cores traduzem as dinâmicas contemporâneas, o movimento, a emoção e a busca por significado. Surge como resposta a uma era que pede conexões mais genuínas e relações mais humanas. A fusão entre “cor” e “coexistir” sintetiza essa proposta: existir em comunidade, em diálogo com o outro e com o mundo.
MATIZES DA EMOÇÃO

André Klotz
Tempestade: um rosa acinzentado, intenso e versátil, que representa a liberdade de sentir e de se expressar. Em tempos de incerteza, surge como um convite à autenticidade, à individualidade e ao autoacolhimento, uma cor que fala sobre força emocional e vulnerabilidade como potência.

André Klotz
Cipó da Amazônia: um verde amarelado vibrante e adaptável conecta o orgânico ao tecnológico. Evoca renovação, leveza e a abertura a novos paradigmas, simbolizando o coletivo e a capacidade de recomeçar.

André Klotz
Quando unidas em um ambiente, Tempestade e Cipó da Amazônia formam uma paleta otimista e equilibrada, uma síntese do espírito de Co(r)existir 2026, em que a cor é instrumento de reconexão e transformação.

Sentir /André Klotz

Brincar / André Klotz

Criar / André Klotz

Respirar / André Klotz
Em 2026, as paletas da Suvinil vão além das tendências: nascem do desejo de transformar sentimentos em experiências visuais autênticas, um convite para sentir, brincar, respirar e criar com intensidade. Cada ambiente foi recriado sob o mesmo ângulo, mas o que muda — e muda tudo — são as cores e os objetos, que reinventam atmosferas e despertam sensações únicas. Não por acaso, a cadeira de plástico, onipresente nos lares brasileiros, compõe todas as ambientações que apresentam as cores Sentir, Brincar, Criar, Respirar. Referência encontrada no nosso cotidiano.
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