por Nereide Michel em 29/11/2022
Três livros esclarecem e orientam sobre Neurodivergência, Reprodução Assistida e Cirurgia Plástica. Temas que envolvem um universo de milhões de envolvidos em questões particularizadas mas de interesse coletivo.

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Neurodivergência. Eis um termo científico ainda pouco difundido entre os leigos embora, esteja, há algum tempo, na pauta de pesquisas e estudos por parte de especialistas da área da saúde. Lacuna que o coletivo curitibano Toma Aí Um Poema contribui para preencher com o lançamento de uma antologia poética que conta com a participação de 50 poetas neurodivergentes.
Um dos objetivos da iniciativa é mostrar através do trabalho destes escritores que eles não têm obrigação de escrever apenas sobre o seu transtorno ou condição – podem abordar todos os aspectos de sua vivência como ser humano, segundo esclarece Milena Martins Moura, poeta, editora e tradutora carioca, que se identifica como uma mulher adulta autista leve. Ela é uma das autoras convidadas para participar do projeto da mesma forma que Carla Dicov, escritora e poeta paulista, que destaca, “individualmente, o neurodivergente terá obstáculos no meio literário como já tem dificuldades em outros meios. Multidão, excesso de barulho ou de informações, dislexia quando das leituras e escrita, crises de medo, de euforia, ansiedade, etc. A literata ainda não tem diagnóstico totalmente fechado mas suspeita fortemente de grau de autismo, expõe que ““minha resposta aos acontecimentos comuns da vida são dolorosamente atípicos. Sou agorafóbica e tenho ataques de ansiedade desde a infância e, sem saber o que acontecia, meus pais nunca procuraram tratamento. Hoje trato, entre possibilidades e confirmações, uma profunda depressão, TOC, um provável TDAH, episódios de ansiedade severa (alterando inclusive os níveis de cortisol e adrenalina no meu corpo), mudanças bruscas de humor e a agorafobia”.
O Toma Aí Um Poema apresenta a neurodiversidade como um conceito que desconstrói a ideia de que indivíduos com funcionamento neurocognitivo diverso sejam caracterizados como portadores de transtornos ou pessoas doentes. “A abordagem sobre a neurodiversidade argumenta que as diversas condições neurológicas são resultado de variações normais no genoma humano e que, ao invés de serem ‘curadas, devem ser compreendidas em suas diferenças, já que representam formas de diversidade humana”, destaca Jéssica Iancoski, editora do coletivo.
“Todos deveríamos compreender que a neurodiversidade é algo tácito no ser humano. Cada um de nós, apresenta as suas idiossincrasias, do ponto de vista neuropsicológico. Segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde, cerca de um bilhão de pessoas sofrem de psicopatologia. Existindo empatia, conhecimento e noção de bem comum, o que importa é que a sociedade se mobilize, no intuito da promoção da harmonia, onde a diferença seja vista como uma oportunidade para a cimentação de um ambiente inclusivo”, acrescenta Leandro Emanuel Pereira, poeta, psicólogo e membro do coletivo Toma Aí Um Poema.
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O Toma Aí Um Poema é um coletivo preocupado com a inserção de autores e autoras independentes em novos espaços de divulgação e promoção de literatura. É um projeto social de acolhimento, de incentivo e de desenvolvimento da escrita e da leitura. Seu material literário é divulgado em múltiplas mídias: podcast (o maior de literatura falada no Brasil, com mais de 70 mil ouvintes somente no Spotify), revista, livros físicos e digitais e redes sociais.
O material completo pode ser acessado e lido no site oficial do CEMana de 22.

O “Pequeno Dicionário de Reprodução Humana Assistida” destina-se a orientar e esclarecer pacientes e interessados em tratamentos de reprodução. O livro, publicado pela editora InVerso, organizado pelo médico ginecologista e especialista em Reprodução Humana Alessandro Schuffner, responsável pela clínica Conceber, em Curitiba, reúne 137 verbetes de uso corrente em Reprodução Humana Assistida. A obra se originou de uma constatação simples: a informação traz tranquilidade e segurança aos pacientes durante os tratamentos, uma percepção que o profissional adquiriu em mais de 20 anos atuando nessa área da medicina.
Segundo dados do SisEmbrio – Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões, em 2020 e 2021, mais de 36 mil gestações clínicas foram obtidas no país com as técnicas de reprodução humana assistida. São números expressivos e que crescem progressivamente. “Com o tempo e a experiência entendemos que cada ser humano é único e assim deve ser tratado. Por isso, valorizamos a multidisciplinaridade, buscando cercar cada paciente com o máximo de cuidados. Foi por isso que idealizamos o ‘Pequeno Dicionário da Reprodução Assistida’, reunindo os termos mais utilizados na área e explicando o que são. Dessa forma, os pacientes poderão consultá-lo quando quiserem e tirar dúvidas de forma simples e rápida. Com mais informação, acreditamos que haja menos estresse, menos sofrimento e maior entendimento do tratamento”, explica o especialista.
O livro traz também reportagens da revista “Reprodução em Foco”, editada anualmente pela Clínica Conceber, com textos da jornalista Simone Meirelles. Entre os temas, menopausa precoce, problemas que comprometem a fertilidade e tecnologias que aumentam as chances de fertilização in vitro. Por fim, a obra traz uma cronologia da evolução da Reprodução Assistida no Brasil e no mundo.

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Diretor da Clínica Conceber, Alessandro Schuffner possui diversas certificações em medicina reprodutiva. Em seu currículo, destaca-se sua formação complementar no “Jones Institute for Reproductive Medicine”, Norfolk, nos Estados Unidos, onde fez pós-graduação. Em 2005, fez nova atualização no “Reproductive Medicine Associates”, Morristown, também nos Estados Unidos. É Mestre em Medicina Interna pela Universidade Federal do Paraná e especialista em Medicina Reprodutiva e Laparoscopia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e Associação Médica Brasileira. Também é atuante em publicações e escreve artigos científicos. É membro do Conselho Editorial do Jornal Brasileiro de Reprodução Assistida, da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida. Além disso, é revisor das revistas “Fertility and Sterility” e “Human Reproduction”, importantes publicações científicas na área de Reprodução Humana e de Medicina.
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O “Pequeno Dicionário da Reprodução Assistida” é distribuído gratuitamente pela Clínica Conceber, no formato impresso ou e-book.
O lançamento do livro aconteceu no dia 23 de novembro, às 19 horas, na sede da Associação Médica do Paraná.
Solicitações podem ser feitas pelo whatsapp (41) 99943-7473.

Cirurgião plástico há mais de 20 anos, Victor Cutait está habituado a receber homens e mulheres em seu consultório que anseiam mudar a aparência para se sentirem bonitos, serem felizes e melhorar a autoestima. Após tantos relatos de clientes descontentes com seus rostos e corpos e que buscam uma beleza idealizada e muitas vezes inatingível, o médico decidiu criar um canal no Youtube, A Energia da Beleza, para falar sobre como a beleza vai muito além daquilo que vemos no espelho. Agora esse conteúdo se tornou um livro.
“O Poder da Energia da Beleza” tem como mote a aceitação da própria beleza para enxergar a melhor versão de si mesmo e se tornar alguém confiante não só com sua autoimagem, mas em todos os setores da vida: relacionamentos, saúde, carreira, autoconhecimento. Alguns dos temas tratados são: as vantagens da beleza; as atitudes que nos afastam dela e prejudicam o nosso bem-estar; como buscar sempre a melhor versão de nós mesmos; a importância de conhecermos nossa história, crenças e valores para vivermos conforme a nossa verdade; como identificarmos e alavancarmos nossas qualidades e virtudes e como fortalecer a autoestima.
