Iniciativas criativas – e que dialogam com as inovações surgidas na era da tecnologia – estão no foco do grupo Positivo para criar laços de familiaridade entre os estudantes matriculados nos seus colégios e destacados autores paranaenses. A proposta é que nomes como Helena Kolody, Laurentino Gomes, Paulo Leminski, Dalton Trevisan, entre outros, sejam partícipes da rotina escolar e passem, de forma espontânea, a fazer parte do seu dia a dia. Parece uma ação ambiciosa, talvez utópica, na qual impossível não se fazer comparação com a reação provocada entre os leitores jovens pela britânica J.K. Rowling com a sua série “Harry Potter”. Exageros à parte, sem dúvida, são meritórios e louváveis projetos no sentido de divulgar amplamente a literatura, em especial, a paranaense,  já colocados em prática pela instituição.

Após inaugurar uma biblioteca digital a céu aberto que dá acesso a obras literárias via QR CODEs estampados nos muros do Colégio Positivo nas ruas Saldanha Marinho e Fernando Simas, o Curso Positivo lançou na quinta-feira, dia 23, um atraente painel literário, que cobre paredes da sua sede central na Vicente Machado. Em parceria com a Academia Paranaense de Letras e ilustrado pelo desenhista Ademir Paixão, retrata sob a forma de caricaturas – uma apresentação que “fala” com adolescentes – importantes escritores do estado. Alice Ruiz, Adélia Woellner, Cristovan Tezza, Domingos Pellegrini, Dalton Trevisan, Helena Kolody, Laurentino Gomes, Luci Collin e Paulo Leminski estão presentes em painéis interativos com QR CODEs que dão acesso a mais informações sobre a obra de cada um deles.

Paulo Vítola, escritor e presidente da Academia Paranaense de Letras, nos traços de Paixão.

Segundo o diretor-geral do Curso Positivo, professor Renato Ribas Vaz, valorizar a arte e a cultura paranaense é fundamental para os jovens estudantes. “A escrita, a leitura e a interpretação de textos são tão importantes nos vestibulares brasileiros e precisam ser estudados, aprendidos e valorizados durante todo o tempo de preparação. Embora nosso ensino tenha foco na preparação para o vestibular seguindo os programas dos conteúdos exigidos para as provas, nunca deixamos de incentivar a leitura e o conhecimento da arte e da cultura de nossa terra”, pontua. De acordo com o professor, muitos dos nossos escritores  são frequentemente apontados em conteúdo de vestibulares de todo o país.  A ideia é que esta ação seja dinâmica, isto é, que ela agregue, em breve, painéis de  outros nomes da literatura paranaense.