Linkultura

por Nereide Michel em 09/11/2016

 

Através do olhar inspirado de fotógrafos curitibanos imagens congelaram momentos que expressam a sensibilidade de quem usa a máquina fotográfica como instrumento de arte. Exemplos são os trabalhos de Nuno Papp, Marcelo Andrade, Leandro Taques, Charly Techio, Henry Mileo, Tânia Buchmann, Priscila Forone, Luiz Gustavo Vidal, Julaina Gouveia, Michel Willian e Fernando Zequinão, que compõem a exposição Olhares Cruzados, em cartaz no Shopping Crystal. Enquanto registros de uma  viagem  pela África de Lorenzo Madalosso estão no ParkShoppingBarigüi, revelando o cotidiano exótico, para nós, de tribos, que vivem na região do vale do rio Omo, na fronteira entre Etiópia, Quênia e Sudão do Sul.

FOCOS MÚLTIPLOS

No Espaço Itaú Cultural do Shopping Crystal, a   exposição  Olhares Cruzados, promovida pelo curso de Fotografia do Centro Europeu, estão trabalhos de profissionais que atuam em diversas atividades, como publicidade, social, gastronomia, fotorreportagem e documentário. Nesta multiplicidade de focos de atuação reside o conceito da mostra, segundo confirma Tânia Buchmann, coordenadora do curso de fotografia do Centro Europeu. A ideia é motivar o público a fazer uma relação entre os temas abordados pelos participantes que oferecem ângulos sui generis nas imagens capturadas pelas lentes de suas câmeras.

 

Exposição Olhares Cruzados, em cartaz no Espaço Itaú Cultural do Shopping Crystal até o dia 14 de dezembro.

 CULTURA PRESERVADA

Um lugar inóspito na savana africana mantém intactos os costumes dos antepassados dos seus atuais moradores. Parece impossível no globalizado mundo de hoje. Mas o fotógrafo curitibano Lorenzo Madalosso capturou o cotidiano, com raízes milenares, das tribos Mursis, Karo e Hamers e o inseriu na nossa realidade. A mensagem da mostra, segundo seu autor, é destacar que, apesar das diferenças, somos todos iguais, independente de onde estamos e como nos vestimos.

Cada tribo, mesmo vivendo na mesma região, preserva características peculiares de sua cultura. As mulheres dos Mursis usam placas labiais de cerâmica e os homens machucam o próprio corpo, formando grandes feridas, como status de poder. Já os Hamers costumam se pintar de vermelho em um tom forte, como se fosse sangue. As mulheres possuem penteados e pequenas tranças. Já a tribo Karo, a menor das três com aproximadamente dois mil indivíduos, mantém a tradição da pintura corporal branca e cortes de cabelos específicos que se tornaram suas marcas registradas.

Exposição Tribos da Etiópia, por Lorenzo Madalosso no Park Gourmet, do ParkShoppingBarigüi.