por Nereide Michel em 14/06/2013
Elisa Lobo pinta e borda. Troca pincel por agulha e interfere, com a sua sensibilidade, em obras de artistas consagrados. Através de linhas retas ou sinuosas ela consegue, sem esforço, transferir o olhar para outros focos que não estavam na pintura original. Elisa Lobo cursou Artes Plásticas na UnB, em Brasilia, e na FAAP, em São Paulo. A moda entrou em sua vida quando se dedicou, durante alguns anos, à Alta Costura e à uma marca infantil, a ainda lembrada Giovanna Baby. Há 9 anos, direciona sua inspiração, de um modo instigante, através da releitura de telas com assinaturas famosas, utilizando as artes do bordado. Elisa mantém no sul de Minas um atelier para a produção de suas peças desenvolvendo uma importante ação de valorização humana. Capacitou 120 mulheres, plantadoras de café, para serem suas parceiras de trabalho, dando-lhes oportunidade de conviver com obras de Picasso, Boticelli, Frida Kahlo, Da Vinci, Vermeer, Klimt, Van Gogh, Matisse, Escher, Andy Wharol e outros. Personagens da história da arte, cujas obras ganham, a seguir, espaços em galerias, reapresentadas em versões contemporâneas, com novas dimensões e surpreendentes significados autorais.
Oportunidade para conhecer esta forma surpreendente de expressão artística, está na exposição Bordando a História da Arte, com vinte painéis de Elisa Lobo, que pode ser visitada até 20 de junho na Galeria Zilda Fraletti, no Design Center, Avenida Batel, 1750, lj 2, Curitiba