por Nereide Michel em 21/10/2022
Cozinhar, eis um verbo que não pode faltar na conjugação de qualquer lar-doce-lar. Ou lar-salgado-lar, dependendo das opções do cardápio familiar. Atividade de primeira necessidade, uma vez que dela depende a existência ou subsistência dos moradores de um planeta chamado Terra. Se para uns faz parte de uma quase automatizada rotina diária para outros é vocação irresistível que leva a abraçar uma profissão ou é uma paixão amadora que namora receitas consumadas à beira do fogão e consumidas entre amigos.
Não importa o perfil dos alunos – sempre há espaço para eles em um curso de culinária inclusive para os resistentes aos seus encantos, aqueles que “nunca fritaram um ovo na vida”. É o que testemunha o chef Pedro Cianci, professor da Escola de Culinária Chef Gourmet de Santa Felicidade, que em uma recente aula prática de Risoto, ministrada a jornalistas curitibanos, identificou a diversidade de habilidade de seus alunos-voluntários. Com didática, bom humor e experiência, ele colheu o resultado positivo de uma satisfação generalizada – todos se sentiram “cozinheiros como ele”!

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No caso de Pedro Cianci, a vocação falou mais alto na hora de optar por uma profissão: os temperos sempre cativaram os seus cinco sentidos. Formou-se em Gastronomia pela UNISUAM – Centro Universitário Augusto Motta – , do Rio de Janeiro, e o seu currículo revela que fez a escolha certa: são 15 anos de carreira, sete na área acadêmica lecionando e até desenvolvendo material didático para o segmento e uma produtiva convivência profissional com grandes mestres das artes da culinária: Massimo Botura, Alex Atalla, Budy Valastro e José Celidônio, com quem abriu na Universidade Cândido Mendes, em Niterói, o primeiro curso de Gastronomia.Também foi professor na ONG Gastronomotiva. Os segredos embutidos na mistura de seus ingredientes ele disponibiliza aos interessados através de uma pequena marca de molhos que ostenta no rótulo Cianci, o seu sobrenome.
Sobre preferências culinárias, o chef revela que tem um especial carinho pela cozinha italiana e asiática e uma fusão entre elas é um desafio que aceita com prazer. O “Confort Food” é uma de suas propostas – romper com a “gourmetização” para batalhar por uma “comida boa por um preço justo.”
Carioca, com passaporte carimbado pelas cidades europeias icônicas no quesito Gastronomia, Pedro Cianci é um recém-apresentado à culinária curitibana, que já recebeu a sua aprovação, como a celebrada Carne de Onça. Contratado pela Escola de Culinária Chef Gourmet Santa Felicidade para assumir o comando do forno e fogão dos cursos de Chef Cousine, Cozinheiro Profissional e Cozinheiro por Hobby sua vocação e talento estão, uma vez mais, à disposição de um grupo eclético de alunos.
A LIÇÃO DO RISOTO

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A aula prática de Risoto, que reuniu na cozinha da Escola de Culinária Chef Gourmet Santa Felicidade, jornalistas, cozinheiros com prática ou de primeira viagem, teve como acompanhante uma importante lição ensinada pelo chef Pedro Cianci: preparar um delicioso e econômico prato tem na simplicidade a sua receita. A dica principal, no caso do risoto, está em um bom caldo, seja de legumes ou de frango – é ele que vai lhe dar o toque especial. “Use um vinho, que não precisa ser caro, mas um que você tomaria enquanto curte mexer o arroz na frigideira. Para degustá-lo, esteja em boa companhia – nem que esta seja com você mesmo”, conclui o professor.
O FESTIVO CHURRASCO

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Churrasco é, sem dúvida, um dos mais concorridos cursos oferecidos pela Escola de Culinária Chef Gourmet Santa Felicidade. Afinal, uma carne assada na brasa é sempre um convite imperdível para se reunir amigos para um momento de alegria e descontração. O curitibano Daude Ribeiro, que comanda o curso de Boucherie, afirma e reafirma que preparar a carne no ponto certo não tem mistério. “Até quem não sabe nem cortar uma cebola já na segunda aula está lidando sozinho com as facas, cortando cebolinha”, atesta o profissional.
Aliás, ele é um bom exemplo de que o primeiro passo para se tornar um cozinheiro é gostar de botar a mão na massa, sem receio de experimentar, testar, errar e voltar a tentar. Autodidata, o hoje “boucher” ou “butcher”, termos em francês e inglês para a sua especialidade, resolveu fazer cursos de gastronomia por curiosidade. Virou cozinheiro profissional há dez anos e montou uma empresa de eventos há sete anos focada em churrasco corporativo, churrasco em casa, carne preparada para congelar, ou pronta para cozinhar.
Para o professor Daude Ribeiro, a rápida aprendizagem dos seus alunos se deve, principalmente, à flexibilidade do curso e a abrangência das aulas. “O curso é circular. Cada aluno se matricula e inicia conforme a aula da semana, tendo todas as 24 aulas ao final do curso. A prática está sempre atrelada ao conteúdo das apostilas, em que passamos por todos aspectos do boi, porco, aves, peixes, além dos diversos cortes e preparos. Mas a vida não gira só em torno da churrasqueira, por isso usamos forno e fogão também. Os preparos são feitos de diversas formas, frios, quentes, com acompanhamentos, para transformar um churrasco em uma experiência muito maior do que simplesmente acender o fogo e assar, vamos do planejamento até a sobremesa”, detalha o chef.

Pão de Alho/ Divulgação
Daude Ribeiro explica que a turma reúne desde pessoas que querem aprender a fazer churrasco como hobby até aquelas que já têm negócios no ramo e estão se aprimorando. “Nossa aluna Lilian Dal Santi, por exemplo, está em busca de ideias para melhorar o seu negócio e usar os conteúdos nas redes sociais. Uma já deu certo: fizemos em aula uma receita de pão de alho especial, com tempero diferente. Fez tanto sucesso que ela já colocou o produto à venda”, destaca o chef churrasqueiro.
ONDE ESTÁ
Escola Chef Gourmet Santa Felicidade
Avenida Manoel Ribas, 5511 (ao lado da Vinhos Durigan)
Informações:https://escolachefgourmet.com.br/ Instagram
