por Nereide Michel em 02/10/2024
ENTRE E SAIA DA CAIXA

Mário Nicolau
“Saia da Caixa”, exposição de Deleon Ribeiro, que está na Galeria do Multiespaço, propõe ao público enxergar o mundo por novas perspectivas. Com uma linguagem artística formada nas ruas de Curitiba, o artista desafia a abandonar zonas de conforto e a abraçar o imprevisível. Suas obras, carregadas de cores intensas, formas inusitadas e uma narrativa instigante, despertam no público a necessidade de questionar o óbvio e reavaliar suas próprias percepções. Mais do que uma exposição de arte, “Saia da Caixa” é um convite para experimentar a liberdade criativa que emerge das ruas e transforma o cotidiano, abrindo espaço para o inesperado e o revolucionário da vida.
ONDE ESTÁ
“SAIA DA CAIXA”
DELEON RIBEIRO
Galeria do Multiespaço São Francisco 179
Rua São Francisco, 179, Centro Histórico
De terça a domingo, das 14 às 20h (domingo até às 18h)
Até 31 de outubro
Entrada gratuita.
Classificação indicativa: Livre
LADO A LADO COM A VIDA

Obra Renato Araújo / Foto: Wellington Barz

Obra Lucéliade D´Roquet / Foto: Wellington Braz
A exposição “Lado a Lado” une Renato Araújo e Lucélia de D´Roquet, em cartaz no Espaço de Arte Francis Bacon, propondo uma jornada visual que atravessa temas como vida, morte e as escolhas que moldam o ser humano. Com curadoria de Maria Inês Souza Araújo, a mostra surge como um convite a uma profunda reflexão sobre os caminhos da existência. Segundo ela, “a escolha do tema vai além de apenas exibir o trabalho de dois artistas lado a lado. Ele estimula uma observação sobre o ato de caminhar juntos, sobre a intersecção das vivências, onde a dualidade entre a leveza e o peso da vida se entrelaça em pinceladas marcantes”.
Lucélia de D’Roquet traz à tona a delicadeza e profundidade das estações da vida com sua técnica a óleo, desvendando o ciclo da existência de maneira visceral. Suas oito pinturas oferecem ao espectador uma visão íntima sobre a finitude e os mistérios do tempo, gerando uma experiência contemplativa que vai além da superfície da tela. Em contrapartida, Renato Araújo desafia o olhar com uma abordagem figurativa contemporânea, onde a mescla de técnicas decorativas e artísticas cria uma dinâmica harmoniosa entre a escolha e o equilíbrio. Suas oito obras capturam o cotidiano com uma luz renovada, revelando o extraordinário em momentos aparentemente corriqueiros.
Lucélia de D’Roquet, artista plástica paraibana, formada em Artes Visuais pela EMBAP em 2009. Suas pinceladas sutis e traços definidos retratam toques subjetivos de profundidade, entrelaçando a materialidade e a espiritualidade, manifestando o que há de mais genuíno na completude cotidiana. Renato Araújo, paulista mas radicado em Curitiba, iniciou seu contato com as artes desde muito cedo passando por arte-finalista e desenhos publicitários, mecânicos e arquitetônicos. Atuou como caricaturista até estudar Artes Plásticas na Academia Brasileira de Artes (ABRA), onde passou a se dedicar à pintura. Graduado em Bacharelado em Química, especializou-se em pesquisa e desenvolvimento de tintas.
ONDE ESTÁ
“LADO A LADO”
LUCÉLIA DE D´ROQUET E RENATO ARAÚJO
Espaço de Arte Francis Bacon, Ordem Rosacruz (AMORC)
Rua Nicarágua, 2453, Bacacheri, Curitiba
Entrada: Franca
De terça a sexta-feira das 13h30 às 17h. Excepcionalmente aos sábados das 14h às 17h
Até 31 de outubro
O Espaço Francis Bacon não abre nos feriados.
TECENDO ARTE

Divulgação
A exposição individual Entretecendo, de Ana Beatriz Artigas, que está em cartaz na CAIXA Cultural Curitiba, reúne obras recentes da artista visual, resultado da sua pesquisa poética que explora uma mistura de técnicas e materiais têxteis em composições contemporâneas. O público poderá ver como ela articula camadas, tramas e texturas, promovendo uma investigação sobre o espaço e a relação sensorial que suas obras evocam.
Na mostra, uma série de trabalhos que exploram as possibilidades do têxtil, propondo novos significados e interpretações a partir de fios, tecidos e alfinetes. Em sua produção, a artista traz para o diálogo questões como memória, corpo, espaço e identidade, além de pensar os limites da arte têxtil. As formas orgânicas e texturas diversas, além de possibilitar a exploração de contrastes, proporcionam uma experiência sensorial e visual, também deixando espaço para o ambíguo e o multifacetado.
Ana Beatriz Artigas nasceu em 1991, em Curitiba, e é artista visual e pesquisadora. Mestranda em Processos Criativos Contemporâneos na UNESPAR, é formada no Bacharelado em Pintura pela mesma instituição. Em sua produção poética utiliza diversas linguagens e a materialidade têxtil com uma abordagem experimental. Recentemente teve trabalhos expostos na Contextile 2022 – 6ª Bienal de Arte Têxtil Contemporânea -, no Centro Cultural Vila Flor (Guimarães, Portugal) e na mostra “O corpo na linha de borda” (2021), no Museu Municipal de Arte, em Curitiba.
OFICINAS
Durante o período expositivo, Ana Beatriz Artigas vai realizar as oficinas:
Teórica: Materialidade na Arte Contemporânea, 05 de novembro, terça feira, das 18h às 20h.Público-alvo: estudantes, artistas e interessados no assunto. Inscrições: 10 pessoas. O link para inscrição será divulgado em breve no site da CAIXA Cultural e redes sociais. O objetivo é propor uma reflexão sobre o papel da materialidade na produção artística contemporânea. A partir de sua pesquisa, artista compartilha suas experiências no campo da arte, envolvendo materiais têxteis e discute exemplos de trabalhos que exploram o potencial dos materiais para além de suas funções originais, convidando os participantes a pensar as relações entre técnica, conceito e matéria.
Prática: Construções têxteis, 12 de novembro, terça-feira, das 18h às 20h. Público-alvo: estudantes, artistas e interessados no assunto. Inscrições: 10 pessoas. O link para inscrição será divulgado em breve no site da CAIXA Cultural e redes sociais. A proposta é refletir e experimentar, na prática, as possibilidades de utilização do têxtil como forma de construir objetos e outras materialidades. Durante a atividade, os participantes criam um objeto pessoal, explorando o entrelaçamento como processo de criação artística. Como referência, é utilizado o trabalho “Abrigo”, exposto na mostra “Entretecendo”.
ONDE ESTÁ
“ENTRETECENDO”
ANA BEATRIZ ARTIGAS
CAIXA Cultural Curitiba,
Galeria Térreo, Rua Conselheiro Laurindo, Centro
De terça a sábado das 10h às 20h. Domingo das 10h às 19h
Até 08 de dezembro
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Ingressos: entrada franca
Acessibilidade para pessoas com deficiência
Informações: (41) 4501-8722
Site Curitiba | CAIXA Cultural
AOS AMADOS, COM CARINHO

Acervo Família Gattai
O nome de batismo da exposição dá o tom da homenagem que sua idealizadora se propôs fazer a um celebrado casal de escritores do nosso país: “Amados – Zélia & Jorge” exalta a forte relação de amor que uniu Zélia Gattai e Jorge Amado. A mostra estreou em 02 de outubro, na Caixa Cultural Curitiba, mas tem longa duração uma vez que longo é o enredo que narra a vida a dois desfrutada pelos seus personagens. O público poderá visitá-la até 02 de fevereiro de 2025,
Tendo na curadoria Paloma Amado, filha do casal, a exposição, sensorial e interativa, apresenta instalações que convidam a compartilhar da intimidade de Zélia e Jorge e os frutos de uma relação de mais de meio século. A sua proposta intimista foi idealizada por Elaine Hazin, que também assina a direção geral, com projeto expográfico de Rose Lima e cenografia de Renata Mota. Um clima de espetáculo, que não se desliga do cotidiano caseiro. Elaine Hazin é da Via Press Comunicação, da Bahia.
O passeio pela história de Zélia e Jorge começa nos idos de 1945, final da Segunda Guerra Mundial, quando se conhecem. Uma linha cronológica destaca os acontecimentos fundamentais desse relato de amor, através das viagens pelo mundo, a vida no exterior durante o exílio, o nascimento dos filhos, os amigos, o trabalho compartilhado e a volta à Bahia. Um rico acervo fotográfico – que conta com uma seleção minuciosa e representativa de fotografias de Zélia Gattai – soma-se a vídeos e depoimentos de amigos, ilustrações, cartas de amor e postais trocados em viagens. As fotos estão também na árvore genealógica dos Amado, com seus filhos, netos e bisnetos.
Surpresas estão reservadas ao público como um “cofre-coração”, uma chuva de flores que lembra os cravos da madrugada paulista, com os quais Jorge cobriu Zélia em um pedido de casamento que teve o poeta chileno Pablo Neruda como testemunha. “Foram 36 anos de mãos dadas, embarcados numa mesma navegação, linda e profunda, por mares agitados, marés mansas. Anos de uma luta em comum pelo bem da humanidade, pela paz entre os homens, pela igualdade de direitos e pela liberdade. E foi para contar mais dessa história que organizamos a exposição”, resume Paloma Jorge Amado. Também é um agradável encontro uma projeção com os amigos ilustres do casal, como Dorival Caymmi, Mãe Menininha, Glauber Rocha, Vinicius de Moraes, Carybé, entre outros. Em outra instalação, tubos sussurram frases de amor icônicas dos romances dos homenageados.
E para quem quer continuar sonhando de olhos abertos, ante tanto deleite, uma rede, como a que acalentava Jorge Amado, está à disposição.
ONDE ESTÁ
“AMADOS – ZÉLIA & JORGE”
CAIXA Cultural Curitiba
Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro
Terça-feira a sábado, 10h às 20h e domingos, 10h às 19h
Até 02 de fevereiro de 2005
Entrada Franca
Classificação indicativa: Livre
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
