por Nereide Michel em 30/10/2017
Svetlana Morbini tem uma história curiosa. Russa, da Sibéria, conheceu um brasileiro de Santa Catarina e trocou a paisagem gélida do seu país pelo cenário ensolarado do sul brasileiro. Formou-se em moda em Florianópolis determinada a dar um rumo diferenciado em sua carreira. Foi então que encontrou na gravata de sete dobras, tão cultuada pelas grifes italianas, um desafio que a empolgou. Decidiu então investir em um item clássico do figurino masculino para lhe dar uma versão contemporânea e versátil. Objetivo concretizado. Seguindo molde que ela mesma desenvolveu, e apostando no algodão 100% nacional, Svetlana lançou a Oasis, uma série de modelos, com muita personalidade, que vai do tradicional ao slim. Por que Oasis? A designer esclarece que a inspiração para a coleção surgiu de uma viagem que fez a Dubai onde foi fisgada pelo contraste típico do cenário do país.
Em suas pesquisas Svetlana já havia detectado duas questões: primeiro, o que uma gravata pode fazer para destacar o estilo de quem a usa e, depois, as poucas opções oferecidas ao público masculino para diferenciar o seu jeito de vestir. Principalmente no segmento social.
SEGREDOS DA DESIGNER
As gravatas, com a assinatura de Svetlana Morbini, têm um importante diferencial: são confeccionadas uma a uma, com o tecido dobrado delicadamente, sem forro ou entretela (que é o que dá sustentação à peça), com acabamento todo feito à mão. Segundo a designer, “o tecido de algodão garante um produto confortável, com bom caimento – intensificado em função do corte milimetricamente estudado –, e fácil de manusear na hora de dar o nó.” Se amassar, simples. Basta desabotoar a parte interna do modelo, que se abre, permitindo passar o ferro quente sem nenhum prejuízo.
Acompanhando a tendência de slow fashion, as gravatas são produzidas em pequenas quantidades, mantendo o alto padrão de qualidade por meio da modelagem pensada em ergonomia e da costura manual
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