Linkultura

por Nereide Michel em 27/09/2017

O trabalho dos fotógrafos nas primeiras décadas do século XX se reveste de uma importância ímpar. São deles os principais registros de cenários, paisagens, eventos da época, além de usos e costumes da sociedade de então, que poderiam se perder no tempo. É a memória perpetuada de uma cidade e de seus moradores que continua acessível para as gerações atuais e vindouras.

Daí a imprescindível contribuição de “verdadeiros guardiões” de acervos fotográficos, que sensíveis ao seu valor histórico e afetivo mobilizam-se para mantê-los ao alcance de olhos contemporâneos. Foi o que aconteceu com a coleção assinada por Augusto Weiss, um austríaco que chegou ao Brasil em 1890 e se fixou em Curitiba, e que foi adquirida pelo fotógrafo Orlando Azevedo há cerca de 20 anos. Graças ao seu empenho pode-se contemplar hoje na Casa Romário Martins, no Largo da Ordem, uma emocionante exposição de 60 reproduções de imagens relevantes para se conhecer o nosso passado – sem o qual não se valorizará o nosso futuro. São registros da colonização de imigrantes italianos, poloneses e ucranianos, de vilas e povoações, que começavam a se formar e uma capital que ganhava contornos cada vez mais metropolitanos. E retratos, muitos retratos, de famílias, personalidades, vizinhos e conhecidos.

Augusto Weiss aprendeu o ofício de fotógrafo com A. Volk, destacado profissional  curitibano do século XIX, dividindo a atividade com o seu irmão José e posteriormente com o seu filho Alberto, quando montou a Foto Progresso, localizada na Rua São Francisco.

ONDE ESTÁ

Exposição “A. WEISS, PIONEIRO DA FOTOGRAFIA NO PARANÁ”

Onde: Casa Romário Martins, Largo da Ordem

Até 18 de fevereiro de 2018

Projeto realizado com apoio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba.