Linkultura

por Nereide Michel em 05/11/2019

Aproximar quem gostaria de ter uma obra de arte, mas nunca teve oportunidade de adquirir uma. Este é o desafio de Paulo Meirelles. O artista plástico abre as portas do seu atelier para ações que buscam desmistificar a falta de acesso a um universo que parece acolher apenas  privilegiados com “cacife” para comprar um quadro, com a assinatura de um reconhecido talento.

Arte ao alcance de qualquer bolso no performático “Tre-le-lê”

Ainda recentemente Paulo Meirelles organizou o evento, “Tre-le-lê no Atelier”,  com características performáticas, quando espalhou pelas paredes do seu apartamento – estúdio, obras suas e de dois outros artistas, Bea Lake e Vicenzo  Esmanhotto. Quadros para serem conhecidos, apreciados e… comprados. Uma experiência ao alcance de qualquer bolso uma vez que cada pintura ostentava uma etiqueta com um preço simbólico. Por exemplo, uma das convidadas, Vitória Bandeira, pagou R$ 1 – isso mesmo, um real – pela tela de Paulo Meirelles, “ A Cara da Ganância”. Nada mais simbólico, conforme esclarece o anfitrião, “ consideramos que o capital não tem o poder para definir o “valor da arte”. Não concordamos que apenas as obras mais caras sejam consideradas de arte. A valoração também  depende da comunicação e do vínculo afetivo.  Caro ou barato, um trabalho artístico, independentemente de estilo, escola estética ou tendência, tem que ser escolhido pelas emoções e sensações que provoca. Tem que existir afinidade entre ele e quem o aprecia.”

Vitória Bandeira e Paulo Meirelles. Quadro comprado por R$1.

O próximo “Tre-le-lê”  no atelier de Paulo Meirelles está agendado para  o dia 12 de dezembro e vai reunir, desta vez, duas desenhistas, um flash de tatuagem e um bazar de roupas femininas – que tem relação com quadros inspirados na moda disponibilizados a preços acessíveis.

 

ONDE ESTÁ

Atelier Paulo Meirelles: rua Brigadeiro Franco, 573, Mercês, Curitiba.

Informações: (41)99705-8858