Linkultura

por Nereide Michel em 31/10/2019

Oco remete ao vazio, mas também a um espaço a ser preenchido. Pode trazer perguntas em busca de respostas. Nele nada está definido e nada é definitivo. Embute o desconhecido e o anonimato, que se escondem dentro de uma casca ou mergulham nos  limites de um obscuro gargalo. São três letras que também batizam o novo espetáculo do TUT – Teatro da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – que estreia no dia 31 de outubro e prossegue temporada até 24 de novembro.

Impossível não fazer correlações entre significados da palavra “oco” com o conceito inspirador da nova montagem da companhia: uma viagem por ambientes perigosos e inexplorados. E como será esta viagem? No palco, seis atrizes exploram o cenário com seus corpos em movimentos amplos ou contidos, criando imagens e narrando trajetórias rumo “ao desconhecido”. Como as jornadas nas quais se aventuram retirantes, migrantes e refugiados. Ao longo de uma hora, as personagens, sem nome ou rosto, lidam com medos e precisam abrir mão de afetos para chegar a algum lugar. Uma experiência forte!

“OCO expõe a possibilidade de estabelecermos novas conexões humanas e nos reinventarmos fortes diante do que nos consome”, define o diretor Ismael Scheffler, que também é coordenador do TUT e professor da UTFPR.

QUEM FAZ O ESPETÁCULO

O elenco é formado por Bruna Martins, Cecília Dambros, Monique Rau, Natália Winter, Raquel  Lorenz e Rebecca Stauffer. Com experiência em teatro, circo, dança e ginástica artística, as atrizes desenvolvem um teatro físico, com técnicas de acrobacia, malabares, dança-teatro, mimo e teatro de formas animadas. E, sem palavras, constroem a história.

Participações especiais: Karina de Souza, professora do Colégio Estadual do Paraná, como assistente de direção e Bruno Tucunduva, professor da UFPR, na preparação das acrobacias.

 A trilha, feita especialmente para o espetáculo, foi criada Ágatha Pradnik, que contou com os instrumentistas: Denusa Castellain, na flauta; a violoncelista Maria Luiza Sprogis; no fagote, Juliano Pontes; Carina Cardoso de Araújo toca o oboé; Pratos, de Udu; no Xilofone, Luís Fernando Diogo; e Ágatha toca arcodeón.

Levi Brandão desenvolveu a cenografia, Paulo Vínicius, o figurino, e Wagner Correa, a iluminação. As formas animadas tiveram a consultoria de Naiara Bastos.

+ INFOS

 O palco do OCO é o do Auditório da UTFPR, Avenida 7 de Setembro, 3055,no centro de Curitiba. A entrada é franca e classificação livre. Dias de espetáculo: 01, 02, 03, 12, 13, 14, 22, 23 e 24 de novembro.  Horário: 19h30, com sessões às 16h nos dias 01 e 13 de novembro.