Coisa Nova - Fashion

por Nereide Michel em 18/11/2021

Se Moda é reflexo de comportamentos e atitudes e se roupas e acessórios são desenvolvidos para atender desejos e expectativas, então, como expressão de mudanças observadas no ambiente no qual é gerada, ela não poderia se descolar de uma realidade que hoje faz parte do cotidiano de milhões de adeptos mundo afora. Interligados online, olhos grudados nas telas e telinhas, dedos agilizados na ativação de sofisticados comandos, eles são parceiros e adversários em acirradas disputas no mundo virtual. Os games estão entre os segmentos produtivos com maior potencial de crescimento no país – a adesão aos jogos aumentou 140% no ano passado com perspectiva de ampliação desses índices em 2021.  Um universo, sem dúvida, sedutor para investidores e por que não para a Moda? 

O casamento entre duas das maiores e mais promissoras atividades do empreendedorismo – Moda e Games – foi selado na quarta-feira, dia 17 de novembro, na passarela da 52ª edição da São Paulo Fashion Week, solidificada no pódio de principal evento de lançamentos para a temporada do país, sob as bênçãos do Santander Brasil, patrocinador master da semana de moda.

O desfile, idealizado pelo Santander Brasil, Banco da Moda, apresentou  modelos e gamers vestindo releituras de skins do Free Fire, da Garena, um dos jogos online mais populares no mundo. Trajes de 20 personagens – Sakura; Hip Hop; Kit Angelical; Hypado; Sombra Roxa; Rolezeiro; Gola Alta; T.R.A.P. Zika e Brabo; T.R.A.P. Chavosa e Chavoso; Coração Urbano; Mano Milgrau; Calça Angelical; Gatitude; Loucura Rebelde e Espírito Púrpura – saíram das telas para a passarela da SPFW.

Garena – publisher e detentora dos direitos do Free Fire – selecionou as 20 skins mais cobiçadas pelos jogadores, que foram adaptados e materializados pelo stylist Daniel Ueda, que trabalhou em conjunto com o estilista Alexandre Herchcovitch na criação dos looks. Na passarela, a virtualização da moda nos games e a materialização física do figurino dos heróis do universo online. O efeito foi obtido com a escolha de  materiais como malha e moletom, além de peles fakes e telas tecnológicas vazadas. 

 DA MODA AO GAMES

Hoje o Brasil  ocupa o terceiro lugar no ranking de audiência em esporte eletrônico, sendo que dois de cada três brasileiros conectados à web são jogadores. Com  base nesses dados  o Santander detectou a importância  da conexão dos games com o empreendedorismo, uma vez que os jogos são poderosas ferramentas para impulsionar novos talentos e transformá-los, por exemplo, em jogadores profissionais ou desenvolvedores. No primeiro trimestre deste ano, iniciou a campanha Onde tem Santa, tem Game, que marcou sua presença neste segmento, com o patrocínio à equipe FURIA, uma das maiores do país, além de apoiar torneios e lançar um consórcio especial para a compra de equipamentos para games, entre outras ações.

“Já somos conhecidos como o Banco que trabalha e apoia a moda, após esses 5 anos de parceria com a SPFW. E neste ano entramos nos esportes eletrônicos com a ambição de ser também o banco que oferece soluções e auxilia as pessoas que trabalham, empreendem e se divertem no mundo gamer”, afirma Igor Puga, diretor de Marca e Marketing do Santander Brasil.