Coisas Novas

por Nereide Michel em 04/09/2019

…pele e olhos bem protegidos.

Se de um lado, incontestavelmente, a tecnologia, que nos presenteou com a comunicação instantânea da internet, também pode representar algumas ameaças à nossa saúde.  Por isso, cuidados redobrados devem ser destinados aos olhos e à pele do rosto que estão mais em contato com as ondas eletromagnéticas emitidas por computadores e celulares. O envelhecimento precoce da pele, por exemplo, pode estar relacionado com a tecnologia utilizada nestes aparelhos.

Como alerta Lucas Portillo, consultor e pesquisador em Cosmetologia, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma e pesquisador em Fotoproteção na Unicamp, “a tecnologia de internet faz parte de um conceito maior de poluição digital ou Eletrosmog, um termo utilizado para designar a poluição eletromagnética de celulares, computadores e dispositivos que emitem luz azul. Um problema que pode causar quebra do DNA celular, danos às proteínas da pele, além de outros sintomas mais sérios como: distúrbios hormonais, aglutinação de células sanguíneas, palpitações cardíacas, dor e pressão no peito e desregulação do sistema nervoso”.

PROTEÇÃO DA PELE

Quando entram em contato com a nossa pele as ondas eletromagnéticas deixam o tecido mais susceptível a agressores ambientais. Pesquisas na área da cosmetologia resultaram no desenvolvimento de produtos como o  Creme Anti-WiFi  formulado com um ativo inovador lançado na última feira de Paris, a In Cosmetics. Trata-se de um  blend de beta caroteno associado a óleos vegetais. Esse ativo tem alta capacidade antioxidante e protetora da pele contra a poluição digital e pode ser incorporado em cremes, loções e protetores solares, devendo ser usado duas vezes ao dia, de manhã e à noite (exceto quando for filtro solar). O produto pode ser encontrado em farmácias de manipulação.

PROTEÇÃO DOS OLHOS

Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil durante o dia passa-se em média nove horas e quatorze minutos em frente às telas, seja do celular, computador ou televisão. Dispositivos que emitem a chamada luz azul, que apesar de ajudar na concentração entre os olhos e os aparelhos, provoca sérios problemas devido a absorção da luz produzida por telas de LED. Essa luz tem menos energia que a ultravioleta, mas é capaz de atravessar os olhos e chegar à retina.

 A luminosidade das telas acaba prejudicando as moléculas oculares e, em alguns casos mais graves, pode até levar à perda da visão ao longo do tempo. Uma das maneiras de evitar que ela prejudique a visão é o uso de óculos com lentes bloqueadoras de luz azul.

Um  hábito que também traz efeitos positivos suplementares, segundo enumera Paula Gusmão, CEO da eÓtica, uma das maiores e-commerce brasileiras focadas em venda de óculos:

-As lentes bloqueadoras melhoram o sono quando evitam que a exposição à luz azul iniba a atuação da melatonina, produzida no cérebro e que ajuda a dormir. Uma recomendação para quem tem hábito de trabalhar em frente ao computador durante a noite.

-Por ficarem muito expostos à luminosidade das telas, os olhos podem apresentar problemas futuros, como pequenos graus de miopia e até a perda total da visão, então, a dica é prevenir tal situação. 

-Além de proteger contra os efeitos da luz azul, as lentes bloqueadoras também são obstáculos contra os raios ultravioletas. Portanto, elas preservam o globo ocular de problemas causados pela radiação solar dentro e fora dos ambientes.