A inspiração na arquitetura, personagens e cultura de Curitiba personaliza as coleções do NovoLouvre, que tem na direção artística a estilista, e também arquiteta, Mariah Salomão. Uma marca que ainda respira ares do Centro Histórico da cidade, onde está localizado o seu atelier, e preserva, com carinho, o fato de pertencer à terceira geração da família Calluf. Em 1935, foi inaugurada  a loja de tecidos Louvre, na Rua XV –  o prédio ainda existe e está ocupado pelo magazine Marisa – , que em 2007 foi transferida para a Rua Trajano Reis em um imóvel construído por Miguel Calluf, patriarca fundador do primeiro empreendimento. Uma herança que circula, com sensibilidade,  pelo DNA do NovoLouvre

O NovoLouvre, nesta temporada, estreitou ainda mais a sua conexão com a arte. Mariah  Salomão selecionou peças da série Cosmographie, tematizada na obra de Daniela Busarello, para a MON Loja. Uma ligação direta com a exposição “Afinidades”, atualmente em cartaz no Museu Oscar Niemeyer, e que exibe trabalhos da artista curitibana. 

“Essa parceria com o MON vinha se desenhando antes da pandemia. A ideia é relacionar as peças do NovoLouvre com artistas que têm suas obras no museu. Numa próxima temporada já está prevista a coleção inspirada na obra da Guita Soifer”, revela Mariah.

Em Cosmographie, o ponto de partida é o intrigante desenho de formas irregulares, que explodem em partes ora orgânicas, ora digitais. A coleção dá continuidade a uma narrativa visual potente perceptível no NovoLouvre.

As modelagens permanecem “brincando” com pences, volumes reguláveis e pregas, revelando o incansável estudo de formas e caimentos. O clássico aparece sempre com um twist de modernidade. A alfaiataria em algodão, que também se consolida na marca, traz calças, jardineiras e saias mídi com cintura no lugar e botões.