O dia a dia está repleto de fontes de inspiração para tematizar os mais diversos produtos. Desde o trivial que na sua simplicidade não precisa dispensar o atrativo das formas e cores, até uma peça preciosa reservada para momentos especiais. A Cartier, por exemplo, encontrou em um mero grão de café – com sua forma cheia, redonda e carnuda – a gênesis da coleção Grain de Café.

Joias concebidas como construções vivas, em movimento, opulentas e alegres. Um equilíbrio entre poder e suavidade, uma tensão criativa que renova o gênero floral e oferece uma nova visão de beleza.

Mas esta não é uma inspiração recente. O grão de café virou preciosidade ainda em 1936, graças à sensibilidade e impetuosidade de Jeanne Toussaint, diretora criativa da marca de luxo. Ao longo das décadas, particularmente as de 1950 e 1960, se transformou em hit da joalheria.

Apesar de suas dimensões diminutas, o grão de café representa o uníssono de dois registros criativos caros à Cartier: a flora recriada em ouro amarelo e o corriqueiro tornado precioso pelo olhar do joalheiro.