Linkultura

por Nereide Michel em 31/10/2023

A natureza é presença de impacto na obra de Mariana Canet. Através de sua arte fotográfica ela pincela rochas, plantas, troncos, cristais e areia. Um trabalho que prima pela originalidade e surpreende pelo contraste de cores e elementos entrelaçados em uma mesma composição. Para a fotógrafa ” a natureza contém tantas imagens artísticas quanto um olhar atento pode captar. A minha intenção é propor a reflexão:  a natureza como um todo já é uma arte? Ou nós vemos a arte em partes da natureza?”. Um questionamento que ela encara como uma missão sem pressa de encontrar respostas.

Foto Mariana Canet / Divulgação

 Uma arte, que além das paredes de galerias, ganha também a perenidade e a acessibilidade ofertadas pelas páginas dos livros. Mariana Canet está lançando  “Natureza”, sua quarta obra impressa, que traz mais de 150 fotografias, divididas em dois capítulos: “O Silêncio da Natureza” e “A Força da Natureza”. O primeiro é onde estão reunidas as imagens de ranhuras, fendas, folhagens e troncos, quase como uma poesia visual desses elementos. No segundo, uma série de imagens de rochas, cristais e areias revela um padrão delicado para elementos brutos.

Foto: Mariana Canet / Divulgação

“O enquadramento fechado da fenda de uma rocha não revela exatamente o que está fotografado. É mais sugestivo, para que o espectador imagine o que é”, define a fotógrafa.

Para o pintor e crítico de arte Fernando Velloso, a fotografia de Mariana Canet não é apenas documental, mas interpreta as formas abstratas da natureza. “Mesmo um simples tufo de capim, revolto pelo vento, se transforma e renasce, ainda como fotografia, muito embora tenha sido despojada de sua aparência inicial e elevada à condição inconteste de obra de arte”, escreve Velloso. O comentário do crítico integra a edição de “Natureza”, que traz também textos de Fernando Bini, curador e crítico, e do fotógrafo Dico Kremer.

Divulgação

O lançamento do  livro “Natureza”, de Mariana Canet, acontece no dia 7 de novembro, 18 horas, no piso L4 do Pátio Batel. A obra – um catálogo dos trabalhos da  fotógrafa- foi realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, e contou com o patrocínio das empresas Hotéis Deville, Trombini e Instituto de Oftalmologia de Curitiba.