Fotos ou pinturas? A dúvida persiste até que se observa mais detalhadamente uma imagem produzida pela fotógrafa Mariana Canet. E muitas delas estão reunidas na exposição Reflexos, em cartaz no Museu Oscar Niemeyer até outubro. Nesta série, fotos refletem e refratam uma multiplicidade de realidades. A reação automática captada pelas lentes de Mariana utiliza alguns artifícios, como objetos refletidos na água, espelhos e luzes coloridas em movimento. Não poucos espectadores associam, instantaneamente, as imagens aos quadros de Monet e Cézanne, mestres na arte de transpor as cores e as luzes, que formam paisagens, para as suas telas. São momentos da Natureza perpetuados pelas suas pinceladas. O mesmo acontece com as “imagens que congelam o tempo através do obturador” uma paixão da fotógrafa na definição de Fernando Bini, que assina a apresentação da mostra. Segundo suas palavras, “o movimento da água distorce os reflexos coloridos nestes instantes da natureza e a fotografia, que é a representação destas ausências, torna presente aquilo que não está mais lá, a fluidez das coisas.”

As imagens, que estão nas paredes do museu, também estão nas páginas de um livro, que tem o mesmo nome da exposição, Reflexos, da autora-fotógrafa.