Está no ar um vídeo de final de ano de O Boticário que reflete bem a filosofia do grupo de se envolver com o que acontece além de frascos e potes dos seus produtos. A marca, estrategicamente, capta expectativas do consumidor em seus lançamentos mas também está presente de forma atuante e conscientizadora em questões que afetam o cotidiano das pessoas. Para lembrar ela foi uma das empresas pioneiras ao divulgar em uma de suas mensagens de Natal, o relacionamento homoafetivo, derrubando preconceitos, em uma troca de presentes “entre todos os que se amam”. Agora O Boticário em sua mensagem 2021 enfatiza de modo solidário um problema que afeta grande parte dos infectados pelo coronavírus – a perda de olfato. A empresa, contudo, amplia esta preocupação: está dinamizando um centro de pesquisas para fomentar o conhecimento sobre o olfato e a sua relação com o bem-estar e o comportamento humano. A iniciativa reunirá profissionais multidisciplinares, que atuam em áreas como ciência e inovação, para gerar conteúdo visando uma melhor qualidade de vida para a sociedade. 

A pandemia mundial do coronavírus trouxe sequelas persistentes na vida dos infectados, sendo uma delas a perda de olfato durante e após o diagnóstico. Conhecida clinicamente como anosmia, a ausência da percepção de cheiros atinge cerca de 86% dos que tiveram casos leves da doença, segundo pesquisa publicada recentemente pelo Journal of Internal Medicine1. O cenário lançou luz sobre a importância do sentido e a falta que ele faz no dia a dia, não apenas por seu desempenho fisiológico, mas também pelo lado afetivo. Daí a necessidade premente de um centro de pesquisa, como do Boticário, que tem como ponto de partida a complexidade do Sistema Límbico, área do cérebro responsável por gerenciar as emoções, criar memórias e regular condutas.

“Entendemos a importância social do olfato por sermos referência no assunto. O cheiro marca momentos, nos transporta entre tempos e resgata emoções vividas – foi partindo da afetividade acerca do olfato que surgiu o Centro de Pesquisa do Olfato que, para além dos desdobramentos comportamentais, tem por objetivo contribuir com renomadas instituições autorizadas que, por sua vez, conduzirão as pesquisas visando a prevenção de diagnóstico de distúrbios que afetam a qualidade de vida”, destaca César Veiga, expert em Fragrâncias do Grupo Boticário.

O Centro de Pesquisa do Olfato reunirá pesquisadores, médicos, especialistas em neurociência, em perfumaria e comportamento humano, atuando em quatro pilares que se interseccionam. Ciências das Emoções, vai se amparar na neurociência como recurso para relacionar sentidos, ativar memórias e apurar o olfato; Diversidade Sensorial, terá como premissa a investigação de diferentes percepções do olfato influenciadas pela diversidade populacional, como gerações, etnias, deficiências auditiva e visual, promovendo iniciativas de inclusão; Futuro do Olfato, atuará no aperfeiçoamento científico como forma de desvendar o sentido em todas suas camadas, mesmo as intangíveis; e por fim, Disseminação do Conhecimento, vai liderar e apoiar pesquisas acerca do tema no intuito de disseminar e democratizar conhecimento e informação para profissionais de outras áreas e sociedade.  

Entre os principais estudos que já estão sendo conduzidos pelo Centro de Pesquisa do Olfato, um deles investiga a evolução multissensorial com foco na fisiologia olfativa. O intuito é estimular o cérebro a entender o cheiro por outras vias, que não seja o nervo olfatório. Outra pesquisa liderada pela área faz parte de um tema muito importante para o Grupo Boticário, a diversidade e  a inclusão. O setor Diversidade Sensorial está desenvolvendo um treinamento olfativo para pessoas com deficiência visual com o objetivo de inseri-las no mercado de trabalho por meio de uma habilitação para atuar na área de avaliação sensorial da empresa. Para o futuro, o Centro de Pesquisa do Olfato pretende apoiar pesquisas com instituições autorizadas focando no estímulo olfativo de forma a contribuir para a melhora do bem-estar.

Segundo Gustavo Dieamant, Diretor Executivo de P&D, que lidera com Rafael Muller, Diretor de Categoria de Perfumaria, o Centro de Pesquisa do Olfato, “para nós, o olfato vai além da função fisiológica relacionada ao odor e suas memórias. Há uma relação funcional com um órgão complexo como a pele e essa interação diz muito sobre os efeitos biológicos positivos gerados por algumas fragrâncias e seus componentes, por exemplo. É uma ciência que tem sua beleza, mas também sua complexidade”.

CANAL DE COMUNICAÇÃO

Impulsionado pelo cenário pandêmico, o tema – anosmia-  virou prioritário para o Grupo Boticário, especializado em perfumaria, não somente pelo contexto atual, mas pelo desejo de dar a sua contribuição à pesquisa e à inovação em um assunto de alcance global e democratizar a informação à população brasileira. Entre as iniciativas, além da criação do Centro de Pesquisa do Olfato, o grupo está disponibilizando, desde 25 de novembro, um hub de conteúdo hospedado no seu e-commerce com materiais, artigos, pesquisas e um canal de conversa para compartilhamento de relatos sobre a perda olfativa, que futuramente podem se tornar objeto de estudo.