Linkultura

por Nereide Michel em 01/07/2015

A vida de Leonor Demeterco Corrêa de Oliveira nada tem a ver com a monotonia, com o passar dos dias sempre da mesma maneira. A passividade não lhe é permitida pela sua personalidade: intensa, bem humorada e, sobretudo, dotada de uma perspicácia que lhe possibilita enxergar além dos fatos corriqueiros. Sua vocação para a escrita lhe deu o instrumento necessário para registrar boas histórias. Uma coleção delas – alegres ou nem tanto –  está agora nas páginas do seu livro Era uma vez… recém-lançado em concorrida (poderia ser diferente?) sessão de autógrafos que aconteceu nesta quarta-feira (30 de junho) na Livrarias Curitiba do ParkshoppingBarigüi.

A obra apresenta contos e crônicas, alguns autobiográficos e outros que flertam com a ficção, que são reflexões de uma dona de casa sobre amizade, filhos, netos, alegrias e tristezas. Nascida em Curitiba em 1940 Leonor realmente tem muito o que contar sobre uma cidade – e seus personagens –  que ela viu “tomar corpo” e se transformar numa “cidade grande”. Ou de “gente grande”. Ela escreve desde 1955 e  venceu aos poucos a timidez de mostrar seus dotes literários com a sua assinatura. Publicou textos nos anos 70 na Gazeta do Povo e O Estado do Paraná escondida sob pseudônimos – Francisca Lemos e Conceição Menezes. Hoje  é assumidamente a escritora Leonor Demeterco Corrêa de Oliveira. De talento reconhecido e obra circulante. Já participou da Antologia Alfa-Omega, “Assim escrevem os Paranaenses” (1977); e do livro “Erkundungen 38 Brasiliansche Erzahler” (Alemanha, 1988). Também recebeu o prêmio de Melhor Participação Paranaense no Concurso Nacional de Contos do Paraná, em 1970.

Para saber mais sobre Leonor basta ganhar minutos reconfortantes lendo o “Era uma vez…”, que tem ilustrações de Maria Martha Reichmann,  e está nas livrarias.