Coisas Novas

por Nereide Michel em 20/11/2018

Urbanista, arquiteto e … designer! A sensibilidade aliada à técnica, união considerada imprescindível ao desenvolvimento de projetos voltados à melhoria na qualidade de vida das cidades, faz parte dos atributos de Jaime Lerner. Por isso, nada mais natural que elas fossem direcionadas a uma área na qual são essenciais a funcionalidade e a beleza – a criação de peças e objetos para casa. Há dois anos, Jaime Lerner assina linhas de mobiliário com a mesma receptividade conquistada em suas demais atividades.

A mais recente coleção de cadeiras, poltronas e bancos do arquiteto está em exposição no Piso L2 do Pátio Batel, até o dia 25 de novembro. Nela, quatro itens são inéditos e foram executados em parceria com a arquiteta Samira Barakat: os bancos W e Toinoin, a cadeira M e o balanço Lua Turca.

SIMPLICIDADE

Simplicidade e minimalismo tão ao gosto de Jaime Lerner caracterizam os seus móveis, afinal, segundo suas palavras, “gosto muito da expressão japonesa Wabi Sabi, que quer dizer beleza da simplicidade. Sempre persegui a ideia de desenhar móveis que não tivessem complicações, parafusos e outras coisas”.

Esta simplicidade se aplica não somente à estética, mas também aos materiais utilizados, como chapas metálicas e madeira. “A ideia surgiu quando começamos a desenvolver algumas brincadeiras em aço. Começamos com algumas maquetes de móveis que poderiam ser montados só dobrando as chapas, de forma que não houvesse nenhuma marca”, lembra. Houve em um primeiro momento o desejo de trabalhar apenas com metal, no entanto, este material apresentou alguns obstáculos no manuseio. “O tempo mostrou que era perigoso trabalhar só com chapas por causa da flambagem. Elas tinham um jogo em que a madeira resolveria melhor. Então saiu um conjunto de móveis que às vezes eram resolvidos na madeira e às vezes só na chapa. Mas sempre procurando simplicidade”, finaliza.

Cadeira M

Chaise Turca