Linkultura

por Nereide Michel em 08/05/2024

A poesia tem levado jornalista e empreendedora Bebel Ritzmann a viver emoções além das páginas de cinco livros. As palavras ritmadas, que expressam sentimentos e observações cotidianas, encontram eco em leitores próximos e distantes do seu ponto de nascença, reverberam análises e comentários de importantes literatos e ultrapassam fronteiras nos seus lançamentos.

“Outras poesias e Eu” chega ao mercado editorial, publicado pelo Selo Livros Legais, em maio, com sessão de autógrafos em Curitiba e Rio de Janeiro, antes do lançamento na 94ª Feira Literária de Lisboa, em Portugal. O conteúdo não poderia ser mais intimista – a autora traz em forma de poemas seus ‘eus’, ora confessionais, ora surreais, ora inquisidores. “Pretendo levar os leitores a uma reflexão sobre o mundo de hoje”, define Bebel.  A obra traz ensaio literário assinado pelo professor Ivan Proença, doutor em literatura brasileira, que a nomeia como uma destacada poeta da Literatura Contemporânea. 

O livro conta ainda com apresentação da escritora e artista plástica Ascensión Chanqués e, mantendo uma tradição afetiva, a mãe de Bebel, Mercedes Ritzmann, ilustra também nessa obra as palavras da autora.

O início da caminhada literária de Bebel Ritzmann foi despretensioso – ela queria reunir algumas dezenas de poemas, escritos ao longo de anos, em um livro. Assim surgiu “Entrega – da alegria aos medos, paixões e prisões”, seguido de “Páginas do Tempo”, lançado em várias cidades brasileiras e no Carrossel do Louvre, em Paris ,“A pequena Bebel e seu jeito feliz” e “Bebel, a menina arteira” para os pequenos leitores. A autora já recebeu vários prêmios literários e tem poemas musicados pelos compositores João Pinheiro, Tico de Morais, Cesar Nascimento, Valdeir Valença e, ainda, uma sendo gravado por Marcelo Duani. 

Lançamento:  “Outras poesias e Eu”, de Bebel Ritzmann, 10 de maio, às 18h30, no Hostel Bebel, Rua Vinte e Quatro de Maio, 1087, Rebouças.

Após cerca de duas décadas de pesquisa e de cinco anos de escrita, o livro “Maragatos – A Guerra Civil no Paraná”, do advogado Josué Corrêa Fernandes, chega aos leitores em maio, repleto de  informações e reflexões (algumas até então inéditas) sobre a Revolução Federalista, que completa 130 anos de seu término. Nas suas páginas está um amplo retrato do período em que o sangrento conflito estourou no Sul do Brasil, entre 1893 e 1895, inicialmente no Rio Grande do Sul, espalhando-se depois por Santa Catarina e Paraná. A obra aborda, sobretudo, os impactos deste acontecimento histórico no território paranaense, incluindo estratégias políticas, o movimento das tropas dos federalistas “maragatos” e dos republicanos “pica-paus”, a violência e as injustiças sofridas pelos seus protagonistas. Entre os episódios mais conhecidos, ocorridos no  estado, estão  o Cerco da Lapa e o fuzilamento do Barão do Serro Azul.

Além do enfoque paranaense, a obra traz como diferencial informações inéditas acerca do conflito (extraída de diversos documentos e publicações pesquisados pelo escritor) e dá voz a personagens que até então foram pouco favorecidos em boa parte dos relatos históricos já lançados, Segundo o autor, eles não faziam justiça a esses revolucionários. Tanto na época que antecedeu a revolução, como depois.

“Maragatos – A Guerra Civil no Paraná” tem 460 páginas, divididas em 27 capítulos. Ao final, traz um caderno de fotos históricas, com 34 páginas e uma seção de anexo, com 104 páginas, em que são reproduzidos textos de documentos de época, com grafia adaptada à ortografia do português-brasileiro contemporâneo. O volume conta ainda com um design arrojado e atrativo, impresso em papel pólen.

Josué Corrêa Fernandes nasceu em Prudentópolis, em 1947, cidade da qual foi vereador e prefeito na juventude. Formado em Direito, inicialmente advogou e depois ingressou na magistratura do Estado do Paraná. Entusiasta da história do Paraná, escreveu algumas obras com esse enfoque: “Saga da Esperança — Trajetória do dr. Jean-Maurice Faivre”, “Corina Portugal — História de Sangue & Luz”, “O Alfange e o Centeio — Crônicas da Imigração Eslava”, “Das Colinas do Pitangui — Contos Princesinos”, “Ponta Grossa — História Mínima”, “Prudentópolis — 100 Anos” (em coautoria com Francisco Guil e Audrey Farah), “Nossa História —Genealogia da família Correia Fernandez” e “Como Folhas de Outono —Memórias”.

Lançamento: “Maragatos – A Guerra Civil no Paraná”, de Josué Corrêa Fernandes  Correia, 17 de maio, às 19h30, na ACIPG – Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa.