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por Nereide Michel em 13/06/2022

As mais diversas manifestações da arte estão no circuito cultural de Curitiba e também de outras cidades do estado.  Elizabeth Titton, por exemplo, está com a sua exposição de obras inéditas, Muirapiranga no Paraná, em Cascavel.

TRIBUTO ÀS ÁRVORES

Hugo Carmesim/ Funarte/2020

A exposição Muirapiranga no Paraná, da artista visual e escultora Elizabeth Titton, está em cartaz no Museu de Arte de Cascavel (MAC). A mostra passou pelo espaço expositivo da Funarte, em São Paulo, onde ficou de outubro de 2019 a janeiro de 2020, com obras de grandes dimensões. Estes trabalhos foram doados para o Hospital Pequeno Príncipe Norte, no bairro Bacacheri, em Curitiba, onde ficarão expostas permanentemente no jardim da instituição. Agora a exposição estreia em Cascavel em formato e execução inéditos – esculturas em miniatura e litografias – e com previsão de escalas em Ponta Grossa e Londrina. 

O nome Muirapiranga é um tributo às árvores e em especial à espécie amazônica também conhecida como pau-rainha, com sua madeira vermelha que remete à cor da ferrugem das esculturas oxidadas. Ela é utilizada para a confecção de instrumentos por sua qualidade e dureza.

A coleção é composta por 21 esculturas de 40 cm de altura e 15 gravuras relativas aos estudos dos indígenas do Xingu. Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual estão disponíveis na mostra.  O logotipo Muirapiranga no Paraná foi criado por Susana Mezzadri.

+  INFOS

MUIRAPIRANGA PARANÁ

ELIZABETH TITTON

Museu de Arte de Cascavel (MAC)

Até 18 de setembro

De terça a quinta, das 9h às 17h30, na sexta, das 9h às 21h, sábados e domingos das 11h às 16h, com entrada gratuita

 O projeto da mostra foi aprovado pela Lei Estadual – PROFICE e conta com apoio do Governo Municipal de Cascavel, Museu de Arte de Cascavel e Havan. Realização da Cultural Office e incentivo do Programa Estadual Fomento e Incentivo à Cultura (PROFICE) e Secretaria da Comunicação Social e da Cultura do Paraná (SECC-PR).

 A exposição conta com códigos virtuais (QR code) para todo o material da mostra, que levam a um canal no Youtube onde estão áudios explicativos sobre o processo de criação e texto crítico:  https://www.youtube.com/channel/UCtJd9NvSoFpy3BLdNXY838g

Todas as esculturas de grandes dimensões foram doadas para o Hospital Pequeno Príncipe Norte, no bairro Bacacheri, em Curitiba (PR), onde ficarão expostas permanentemente no jardim da instituição. 

UMA DELICADA SINERGIA

Divulgação

2022 é Ano Internacional do Vidro declarado pela ONU com o objetivo de destacar a importância de um material cem por cento sustentável em meio à preocupação universal sobre a premência de se preservar a qualidade de vida no nosso planeta. Em Curitiba, duas mostras marcam a data: o Salão Arte em Vidro, no MuMa, espaço cultural do Portão, e a Exposição Sinergia, que está no Espaço de Arte Francis Bacon neste mês de julho. Ela reúne 40 obras concebidas pela sinergia entre os artistas Cristina Yamada, Claudio Araújo e Désirée Sessegolo, que utilizaram técnicas e materiais característicos de cada um. O resultado são texturas orgânicas compostas por espaços vazados que imprimem contemporaneidade às obras com seus recortes e inspirações.  

Divulgação

O metal cortado com precisão pela luz do laser exibe desenhos que surgiram do design gráfico com linhas fluidas inspiradas na natureza. O vidro trabalhado em altas temperaturas explora a plasticidade do material com sofisticadas formas orgânicas em diversas cores e transparências. Uma delicadeza que contrasta com as obras em aço criando assim novas percepções e peças nunca vistas antes.

+ INFOS

EXPOSIÇÃO SINERGIA

Espaço de Arte Francis Bacon – Ordem Rosacruz (AMORC) 

Rua Nicarágua, 2620 – Bacacheri,  Curitiba 

Entrada: Franca 

Até 27 de julho de 2022.  

De terça a sexta-feira das 13h30 às 17h. O Espaço não abre nos feriados.

PERGUNTE AO VENTO

Divulgação

“Pergunte ao Vento” parece propor-se como resposta ao que não pode ser encontrado como explicação para certas questões que esbarram no abstrato. Título da exposição individual da artista plástica Lizete Zem, em cartaz a partir de 9 de junho, no Museu Guido Viaro, que explicita, com propriedade, suas intenções ao colorir as telas com tons impactantes mas que não escapam de uma certa sutileza. Como ela mesma confirma, “arrisco afirmar que a Pintura vem preencher vazios, vem ocupar um espaço que define momentos – questiona e propõe reflexões, ainda que silenciosas, permitindo o discurso da cor. Convém pensar na Arte como espectro de luz, que ajude a sensibilizar o humano. Meu combinado com a Pintura – esta Provocação, ainda que num contexto contemporâneo tão diverso.”

Com curadoria de Uiara Bartira, os trabalhos de Lizete Zem, que compõem a mostra, destacam a técnica óleo sobre a tela. Neles a força das cores recebe um toque de delicadeza traduzido no batismo das obras como “Macieiras em Flor” ou “A Cor do Silêncio”.

Macieiras em Flor

A Cor do Silêncio

Como define Ana Carolina Mondini no seu texto crítico da exposição, “em íntima conexão com processos de distintas naturezas, a artista Lizete Zem realiza composições nas quais se manifestam as passagens, cujo sentido inerente vincula-se à relação entre o passado e o presente, mas também pode apontar para o atemporal.”

ONDE ESTÁ

Exposição PERGUNTE AO VENTO

Lizete Zem

 Museu Guido Viaro, Rua XV de Novembro, 1348 ,Centro

de 9 de junho a 30 de julho de 2022

Visitação: de terça a sábado das 14 às 18 horas

Entrada Franca

AS MARIAS, E A  BUENO

Maria Bueno, Alfredo Andersen

  Figura ícone do imaginário curitibano, Maria Bueno ganha uma exposição celebrando sua memória no Museu Casa Alfredo Andersen. A mostra “Maria Bueno e Tantas Outras” propõe um diálogo entre o retrato que o próprio Andersen fez de Maria Bueno com apropriações de seis artistas curitibanos. 

Maria Bueno, André Malinski

Os artistas convidados para produzir obras que remetam à Maria Bueno foram André Malinski (in memorian), Claudia Lara, Giovana Casagrande, Leila Alberti, Rafael Codognoto e Emerson Persona, que também assina a curadoria da exibição. “Essa reunião discute como os artistas reagem à Maria Bueno. Não é uma exposição que vai tratar de uma Maria Bueno em particular”, reflete Persona. As “outras tantas” do título da exposição se referem às outras Marias que foram retratadas por Alfredo Andersen ao longo de sua prolífica carreira. Além de Maria Bueno, o visitante poderá ver os quadros Maria Josepha de França Pimpão, Maria Amélia D’Assumpção, Maria Dias de Paiva e Maria Café.

Maria Bueno. Rafael Codognoto

“É muito significativo para o Museu Alfredo Andersen falar e representar aspectos da vida de Maria Bueno, uma paranaense que é tão íntima de todos os curitibanos”, diz Luiz Gustavo Vidal, diretor do MCAA. “São várias as interpretações de grandes artistas locais sobre o personagem, o ícone. Se procura fortificar o ícone”, completa. A exposição abre uma série de atividades sobre a personagem. “O interessante na sua vida é justamente que nós não sabemos nada dela. A única certeza que temos é a lenda Maria Bueno foi vítima de homicídio, sendo a primeira vítima de feminicídio retratada nos jornais da época. O motivo, a história que cerca sua vida e a relação com o soldado que a matou são totalmente incertas”, conclui Vidal.

+ INFOS

Exposição MARIA BUENO E TANTAS OUTRAS

Museu Casa Alfredo Andersen, Rua Mateus Leme 336, Centro, Curitiba