Linkultura

por Nereide Michel em 16/02/2022

Estar no mesmo patamar de nomes como Jacques Costeau, Edmund Hillary, Amelia Earhart, o ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt e o brasileiro Marechal Rondon é uma honra que poucos podem ostentar. É também o reconhecimento oficial de uma trajetória que se iguala à dos ilustres colegas admitidos em uma instituição tradicional e respeitada como é o caso do mítico The Explores Club. Fundado em 1904 e com sede em Nova York se dedica ao avanço da pesquisa de campo, exploração científica, conservação dos recursos naturais e aos ideais que são vitais para preservar o instinto humano de explorar. A sua missão é inspirar a exploração e a proteção de lugares selvagens, desde o sertão até os oceanos, picos de montanhas e galáxias distantes – mantendo sempre o  espírito de companheirismo entre exploradores e a comunidade científica. 

O explorador e fotógrafo brasileiro Marcio Pimenta conquistou este privilégio graças à sua vocação de registrar, com a sua câmera fotográfica, verdadeiros desafios que o levaram até povos isolados, como a recente documentação na Patagônia e Terra do Fogo  da história da  etnia Selk’nam, até então dada como extinta. Além da onipresente preocupação de alertar através de impactantes imagens as mudanças ambientais mundiais. Ele esteve também no Iraque em 2016 e 2017 para cobrir a guerra contra o Estado Islâmico e em 2020 lançou o livro Yazidis, que conta esta sua experiência em um cenário cheio de reações conflitantes. A Amazônia foi seu destino em várias ocasiões quando fotografou os incêndios florestais. Em 2018, visitou a Antártica pela primeira vez, e desde então se dedica a documentar a relação da sociedade com sua geografia e sua própria história, em identidades, tradições e manifestações econômicas e culturais.

Currículo que não precisou ser avaliado duas vezes para que o explorador de imagens fosse incluído na mais recente lista de novos membros do The Explores Club em dezembro de 2021.

Gero Hoffmann

Márcio Pimenta realiza um trabalho fundamental e necessário ao documentar as sociedades contemporâneas do mundo que sofrerão com as mudanças climáticas antes de se adaptarem aos seus fortes impactos. Suas histórias são publicadas na National Geographic e outros grandes veículos nacionais e internacionais. Em 2022, vai partir em novas expedições, uma delas para percorrer os caminhos de Charles Darwin na Patagônia. O fotógrafo é bolsista do Pulitzer Center e recebeu várias premiações, inclusive o Marc Ferrez de fotografia, um dos mais conceituados do mundo.

SOBRE O FOTÓGRAFO

Marcio Pimenta tem 46 anos, nasceu em São Paulo e cresceu em Salvador, na Bahia. Desde então morou em vários lugares do Brasil e do mundo. Atualmente reside no Rio Grande do Sul, e por um período viveu em Curitiba. Fotógrafo, explorador e contador de histórias visual com foco em questões humanas e socioculturais, identidade e mudanças climáticas. Seu trabalho foi apresentado em várias publicações online e impressas em todo o mundo, incluindo National Geographic, Rolling Stone, The Guardian, The Wall Street Journal, New York Times e El País. Recebeu vários prêmios por seus relatórios ambientais, como Bartur Photo Award 2021 – Prêmio principal – Mudanças climáticas; Prêmio World Report – Documenting Humanity 2021 na categoria Spotlight; IPA – International Photography Awards 2020. Menção Geographic e outras grandes publicações nacionais e internacionais.

+ INFOS

Sobre o The Explorers Club e o fotógrafo

https://www.explorers.org